As Torrentes de Desumanidade
A professora ajustou os óculos enquanto olhava para a sala repleta de alunos do mestrado em Direitos Humanos. O projetor iluminava seu rosto com o título da apresentação: "A Invenção e o Colapso dos Direitos Humanos - De Lynn Hunt a Gaza 2025".
"Vamos começar com uma pergunta
provocativa", disse ela, sua voz ecoando no anfiteatro. "Se os
direitos humanos são realmente autoevidentes, como afirmava Jefferson na
Declaração de Independência Americana, por que precisamos constantemente lutar
por eles? Por que, em pleno 2025, estamos testemunhando retrocessos tão
brutais?"
Um silêncio pensativo tomou conta da sala.
"Lynn Hunt, em sua obra seminal 'A Invenção
dos Direitos Humanos', nos ofereceu uma resposta fascinante", continuou a
professora, caminhando pelo palco com o exemplar do livro em mãos. "Ela
argumenta que os direitos humanos não foram simplesmente descobertos por
filósofos iluministas, como costumamos pensar. Eles foram inventados —
não como um conceito abstrato, mas como uma experiência emocional. Uma
experiência que precisou ser aprendida."
A professora trocou o slide para mostrar capas de romances
do século XVIII.
"Hunt nos apresenta uma tese revolucionária:
foram os romances epistolares do século XVIII — 'Pamela' e 'Clarissa' de
Richardson, 'Júlia' de Rousseau — que ensinaram as pessoas a desenvolverem
empatia por estranhos. Pela primeira vez na história, leitores comuns choravam
por personagens fictícios, identificavam-se com o sofrimento de pessoas de
classes diferentes. Desenvolveram o que Hunt chamou de 'empatia
imaginada'."
Hunt estabelece uma cronologia reveladora que
conecta a publicação desses romances com o desenvolvimento dos direitos
humanos:
- 1740-1761: Publicação dos três
romances-chave;
- Anos
1760:
Primeira aparição do termo "direitos do homem" em francês;
- 1764: Publicação de "Dos
Delitos e das Penas" de Beccaria (contra a tortura);
- 1776: Declaração de
Independência Americana;
- 1789: Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
Esta sequência sugere fortemente uma conexão causal
entre a revolução literária e a revolução política.
E, acrescento que além dos textos lidos de forma
direta por Jefferson citados por Hunt
outros textos estavam circulando na Europa e contribuíram para a
sensibilidade revolucionária – são eles:
Os Sofrimentos do Jovem Werther (1774) de Johann Wolfgang von Goethe:
Este romance sentimental, publicado apenas dois anos antes da Declaração de
Independência, provocou um fenômeno de identificação emocional tão intenso que
foi associado a uma onda de suicídios na Europa.
As Viagens de Gulliver (1726) de Jonathan Swift: Esta sátira,
que confronta o protagonista com sociedades radicalmente diferentes, convidava
os leitores a questionar as convenções de sua própria sociedade.
Cartas Persas (1721) de Montesquieu: Utilizando a
perspectiva fictícia de viajantes persas na França, Montesquieu criou um
dispositivo literário para examinar criticamente a sociedade europeia e suas
instituições.
Paul et Virginie (1788) de Jacques-Henri Bernardin de
Saint-Pierre: Publicado às vésperas da Revolução Francesa, este romance
sentimental idealiza a vida natural e apresenta uma crítica às hierarquias
sociais artificiais.
Ela fez uma pausa dramática.
"Esta experiência cultural transformadora
preparou o terreno emocional para a ideia de que todos os seres humanos,
independentemente de classe, gênero ou origem, possuem direitos inerentes. A
empatia criou a base psicológica para a universalidade dos direitos."
A professora tomou um gole d'água antes de continuar.
"O mais fascinante é a cronologia que Hunt
estabelece. Entre 1740 e 1780, enquanto esses romances conquistavam o público
europeu, ocorria simultaneamente uma revolução moral. De repente, práticas
aceitas por séculos — como a tortura judicial — tornaram-se insuportáveis.
Montesquieu, ao defender a abolição da tortura, não apelou apenas para
argumentos racionais, mas para 'a voz da natureza gritando contra mim'. Era uma
nova sensibilidade emocional, não apenas um raciocínio filosófico."
A professora mudou o slide para mostrar as
declarações de direitos do século XVIII.
"E assim, em 1776 e 1789, nasceram as
primeiras declarações de direitos. Jefferson substituiu 'verdades sagradas e
inegáveis' por 'verdades autoevidentes'. Hunt argumenta que essa 'autoevidência'
não era lógica, mas emocional — uma capacidade recém-adquirida de sentir
empatia universal."
A educadora fechou o livro e seu semblante mudou.
"Agora, vamos ao presente."
O próximo slide mostrava imagens perturbadoras de
Gaza em 2025.
"O que acontece quando essa empatia falha?
Quando a 'autoevidência' dos direitos humanos se dissolve? Estamos vivendo o
que chamo de 'torrentes de desumanidade' — uma reversão do processo que Hunt
descreveu."
Ela apontou para os dados projetados.
"Pensem nisso — as mesmas vítimas vulneráveis
que provocaram tanta empatia nos romances do século XVIII agora são
estatísticas frias em relatórios internacionais."
Na tela estavam estatísticas das Guerras regionais
e dados de genocídios praticados pelo mundo em 2025.
A professora andou lentamente até o outro lado do palco.
"E o Brasil? Nosso país registrou 1.492
feminicídios em 2024 — o maior número desde que a lei do feminicídio foi
aprovada em 2015. São quatro mulheres assassinadas por dia simplesmente por
serem mulheres. Ao todo, mais de 45.000 homicídios, com uma dramática
sobrerrepresentação de jovens negros. A violência policial segue como política
de Estado."
A professora trocou o slide para um mapa da América
Latina.
"Em toda a América Latina, vemos padrões
semelhantes. A violência contra mulheres afrodescendentes alcança níveis
alarmantes. Do genocídio indígena pouco se fala. A maioria das mulheres
assassinadas tem menos de 35 anos. Temos instituições democráticas, declarações
de direitos em nossas constituições, mas a 'empatia imaginada' de que falava
Hunt parece não atravessar as fronteiras de raça e classe."
O próximo slide mostrava imagens dos Estados
Unidos.
"Nos Estados Unidos, presenciamos um
ressurgimento dramático da xenofobia. Políticas migratórias cada vez mais
draconianas são aplaudidas por grandes parcelas da população. Denúncias de
xenofobia cresceram exponencialmente. O
país que cunhou a expressão 'verdades autoevidentes' agora debate abertamente
quais vidas humanas merecem dignidade e quais não." O imigrante latino
passou a ser um inimigo a combater. O imigrante de origem árabe é considerado
um terrorista.
A professora apresentou então um mapa da África.
"E o que dizer dos conflitos na África?
Guerras civis devastadoras continuam em países como Sudão, República
Democrática do Congo e outros. Milhões de deslocados, violência sexual como
arma de guerra, crianças-soldados. Mas onde está a cobertura midiática
proporcional? Onde está a indignação global? Hunt nos ensina que a empatia
requer visibilidade, requer narrativas que humanizem. A invisibilidade
midiática dos conflitos africanos perpetua o ciclo de violência."
A Doutora se
aproximou dos alunos, com expressão séria.
"O que estamos testemunhando é o que chamo de
'fragmentação da empatia'. As torrentes de emoções que Hunt identificou no
século XVIII estão sendo substituídas por torrentes de ódio, medo e indiferença
seletiva. A empatia não desapareceu — ela foi tribalizada. Sentimos pelos
'nossos', não pelos 'outros'."
A professora voltou à mesa central e apoiou as mãos sobre
ela.
"O mais alarmante é que essa desumanização
ocorre em uma era de hipercomunicação. Diferentemente dos leitores do século
XVIII, não precisamos imaginar o sofrimento alheio — ele é transmitido em tempo
real. Vimos famílias sendo assassinadas em Israel pelo
Hamas e crianças morrendo em Gaza por obra do exército de Israel, mulheres
sendo agredidas no Brasil, migrantes afogados no Mediterrâneo. Mas essa
exposição constante, em vez de ampliar nossa empatia, parece
anestesiá-la."
A professora projetou então uma página do livro de
Hunt.
"Hunt nos mostra que a 'autoevidência' dos
direitos humanos foi uma conquista cultural específica, não uma verdade eterna.
E conquistas culturais podem ser perdidas. O que estamos testemunhando não é
apenas uma violação de direitos humanos, mas um ataque à própria ideia de
humanidade compartilhada."
Ela parou um momento, olhando para os rostos
atentos.
"Mas Hunt também nos dá uma esperança. Ela
argumenta que, uma vez apreendida, a empatia possui uma 'lógica interna' que
tende a se expandir. Quando Jefferson escreveu 'todos os homens', ele
certamente não incluía mulheres, negros ou indígenas. Mas a própria lógica da
universalidade eventualmente forçou essas inclusões."
A mestra mudou para o último slide, que mostrava
manifestações por direitos humanos em diferentes partes do mundo.
"Nossa tarefa hoje é reimaginar as
'tecnologias da empatia' para o século XXI. Como podemos usar a literatura, o
cinema, as redes sociais para reconstruir pontes de humanidade? Como podemos
combater a tribalização da empatia? Como podemos fazer com que os direitos
humanos voltem a ser 'autoevidentes'?"
A professora respirou fundo, fechando sua
apresentação.
"O trabalho de Lynn Hunt nos lembra que os
direitos humanos não são apenas normas jurídicas ou princípios abstratos. São
experiências emocionais profundamente humanas. E se foram inventados uma vez,
através de romances que ensinaram empatia, podem — e devem — ser reinventados
hoje."
Uma aluna na primeira fileira, levantou a mão.
"Professora, considerando tudo isso, a senhora acredita que estamos
condenados a este ciclo? Que após cada avanço em direitos humanos vem
inevitavelmente um retrocesso?"
A Doutora sorriu, não com alegria, mas com determinação.
"Não. Não estou convencida de que seja
um ciclo inevitável. A história não é um pêndulo mecânico. É uma
espiral, que às vezes parece nos levar de volta ao mesmo lugar, mas sempre em
um patamar diferente. Hunt nos
mostra que a empatia foi apreendida — e o que é aprendido pode ser
reforçado, expandido. O que estamos vivendo é um momento crítico de disputa
sobre quem pertence à nossa comunidade moral."
A Mestra fechou seu laptop.
"Nossa tarefa é lembrar ao mundo que a
verdadeira autoevidência dos direitos humanos não vem de declarações ou
tratados, mas da capacidade de olhar nos olhos de um desconhecido — um
palestino em Gaza, uma mulher negra no Brasil, um migrante na fronteira
americana, uma criança no Sudão — e ver neles um semelhante. Um igual. Um ser
humano cujos direitos são tão sagrados quanto os nossos."
O silêncio na sala era quase tangível quando Helena
concluiu:
"As torrentes de desumanidade podem ser
fortes, mas a corrente da empatia, uma vez despertada, é persistente. É nossa
responsabilidade mantê-la fluindo."
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0).
Disponível em: https://sohngen.blogspot.com/2025/08/as-torrentes-de-desumanidade-professora.html
Para ver uma cópia desta licença, visite: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/deed.pt_BR
Licença CC BY-NC 4.0 Esta licença permite compartilhar (copiar e redistribuir) e adaptar (remixar, transformar e criar)"As Torrentes de Desumanidade" em qualquer formato, desde que seja dado crédito adequado ao autor original com link para a fonte original e para a licença, indicando alterações feitas, sendo expressamente proibido o uso para fins comerciais. Não se pode adicionar restrições além das previstas, elementos em domínio público não são afetados, e o descumprimento cancela automaticamente os direitos concedidos, ressaltando-se que a licença pode não contemplar todas as permissões necessárias para certos usos.
Bibliografia Completa - "As Torrentes de Desumanidade"
Obras de Lynn Hunt
- HUNT, Lynn. A Invenção
dos Direitos Humanos: Uma História. Tradução de Rosaura Eichenberg.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. Link para editora
- HUNT, Lynn. Inventing Human Rights: A
History. New York: W.W. Norton & Company, 2007. Link para a obra original
- HUNT, Lynn. Politics, Culture, and Class in
the French Revolution. Berkeley: University of California Press,
2004. Link para acesso
- HUNT, Lynn (Ed.). The New Cultural History.
Berkeley: University of California Press, 1989. Link para acesso
Estudos sobre a Obra de Lynn Hunt
- MOYN, Samuel. The Last Utopia: Human Rights
in History. Cambridge: Harvard University Press, 2012. Link para acesso
- SLAUGHTER, Joseph R. Human Rights, Inc.:
The World Novel, Narrative Form, and International Law. New York: Fordham University
Press, 2007. Link para acesso
- DOUZINAS, Costas. Human Rights and Empire:
The Political Philosophy of Cosmopolitanism. New York:
Routledge-Cavendish, 2007. Link para acesso
- ISHAY, Micheline R. The History of Human
Rights: From Ancient Times to the Globalization Era. Berkeley: University of
California Press, 2008. Link para acesso
Conflito Israelo-Palestino e Gaza (2024-2025) - Se o link não direcionar de forma direta. Busque o título no buscador do site.
- HUMAN RIGHTS WATCH. Gaza: Israeli Attacks
on Civilians Apparent War Crimes. Relatório atualizado, 2025. Link para acesso
- ANISTIA INTERNACIONAL. Israel
e Territórios Palestinos Ocupados: Relatório Anual 2024-2025. Link para acesso
- ONU. Relatório da
Comissão Independente para Investigação de Violações do Direito
Internacional Humanitário em Gaza. Genebra: ONU, 2025.
- PAPPÉ, Ilan. The Ethnic Cleansing of
Palestine: Historical Patterns and Contemporary Practices. Journal of Palestine
Studies, v. 54, n. 1, p. 15-32, 2025.
- ROY, Sara. Gaza: Humanitarian Crisis and
Political Impasse. Middle East Policy, v. 32, n. 2, p. 88-103, 2025.
Violência no Brasil e América Latina -
- FÓRUM BRASILEIRO DE
SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024.
São Paulo: FBSP, 2024. Link para acesso
- CEPAL. Feminicídio na
América Latina: Panorama e Desafios para as Políticas Públicas.
Santiago: CEPAL, 2024. Link para acesso
- INSTITUTO IGARAPÉ. Índice
de Cidades Seguras 2024: Mapeando a Violência Urbana na América Latina.
Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2024. Link para acesso
- ANISTIA INTERNACIONAL. Informe
2024/25: O Estado dos Direitos Humanos no Mundo. Londres: Anistia
Internacional, 2025. Link para acesso
- COMISSÃO INTERAMERICANA DE
DIREITOS HUMANOS (CIDH). Situação dos Direitos Humanos no Brasil:
Relatório de País. Washington: OEA, 2024. Link para acesso
Xenofobia e Racismo nos Estados Unidos -
- SOUTHERN POVERTY LAW CENTER. Year in Hate
and Extremism Report 2024. Montgomery: SPLC, 2024. Link para acesso
- PEW RESEARCH CENTER. Race, Immigration and
Discrimination in America: 2025 Survey. Washington: Pew Research Center, 2025. Link para acesso
- AMERICAN CIVIL LIBERTIES UNION (ACLU). Rights
at Risk: State of Civil Liberties in the United States 2024-2025. New York: ACLU, 2025. Link para acesso
- U.S. COMMISSION ON CIVIL RIGHTS. Xenophobia
and Anti-Immigrant Sentiment in the United States: Assessment and
Recommendations. Washington: USCCR, 2024. Link para acesso
Conflitos na África -
- INTERNATIONAL CRISIS GROUP. Africa's
Forgotten Wars: Conflicts Beyond the Headlines. Brussels: ICG, 2025. Link para acesso
- HUMAN RIGHTS WATCH. World Report 2025:
Events of 2024 - Focus on African Conflicts. New York: HRW, 2025. Link para acesso
- MÉDICOS SEM FRONTEIRAS. Crises
Invisíveis: Relatório sobre Emergências Humanitárias Negligenciadas.
Genebra: MSF, 2024. Link para acesso
- UPPSALA CONFLICT DATA PROGRAM. Armed
Conflict Dataset and Analysis 2024. Uppsala: Uppsala University, 2025. Link para acesso
- AFRICAN UNION. Report on Peace and Security
in Africa 2024-2025. Addis Ababa: African Union, 2025. Link para acesso
Retrocesso dos Direitos Humanos: Análises
Contemporâneas -
- ALSTON, Philip. The Populist Challenge to
Human Rights. Journal of Human Rights Practice, v. 13, n. 1, p. 1-15,
2024.
- SIKKINK, Kathryn. Evidence for Hope: Making
Human Rights Work in the 21st Century. Princeton: Princeton University Press, 2023. Link para acesso
- POSNER, Eric A. The Twilight of Human
Rights Law in an Age of Populism. Oxford: Oxford University Press, 2024.
- RISSE, Thomas; ROPP, Stephen C.; SIKKINK,
Kathryn (Eds.). The Persistent Power of Human Rights: From Commitment
to Compliance. Cambridge:
Cambridge University Press, 2023. Link para acesso
- SEN, Amartya. Human Rights and the
Challenge of Cultural Diversity: Reflections on the Contemporary Crisis.
Ethics
& International Affairs, v. 38, n. 1, p. 5-19, 2024.
Artigos Acadêmicos e Estudos Interdisciplinares
- MARTÍNEZ, Guilherme. A
Invenção dos Direitos Humanos de Lynn Hunt: Diálogos com o Presente.
Revista Direito e Práxis, v. 15, n. 2, p. 543-568, 2024.
- AHMED, Sara. The Cultural Politics of
Emotion in Human Rights Discourse. Critical Inquiry, v. 50, n. 3, p. 577-599,
2024.
- BUTLER, Judith. Frames of War in an Age of
Digital Media: Whose Lives are Grievable?. Modern Language Notes, v.
139, n. 5, p. 1103-1123, 2024.
- MBEMBE, Achille. Necropolitics and the
Global Governance of Disposable Lives. Public Culture, v. 36, n. 1, p. 29-55, 2024.
- SANTOS, Boaventura de Sousa.
Human Rights: A Fragile Hegemony. In:
BAXI, Upendra; MCCRUDDEN, Christopher; PALIWALA, Abdul (Eds.). Law's
Ethical, Global and Theoretical Contexts. Cambridge: Cambridge
University Press, 2024, p. 17-38.
Recursos Digitais e Bases de Dados -
- V-DEM INSTITUTE. Varieties of Democracy: Annual
Democracy Report 2025. Gothenburg: University of Gothenburg, 2025. Link para acesso
- FREEDOM HOUSE. Freedom in the World 2025:
Democracy Under Siege. Washington: Freedom House, 2025. Link para acesso
- THE ARMED CONFLICT LOCATION & EVENT DATA
PROJECT (ACLED). Conflict
Data Dashboard 2024-2025. Link para acesso
- UNITED NATIONS HUMAN RIGHTS OFFICE (OHCHR). Global
Human Rights Index 2025. Geneva: OHCHR, 2025. Link
para acesso
- WORLD JUSTICE PROJECT. Rule of Law Index
2025. Washington:
WJP, 2025. Link para acesso
Documentários e Materiais Audiovisuais -
- A Invenção dos Direitos
Humanos: Entrevista com Lynn Hunt. Produção: Harvard University. Cambridge,
2023. 58 min. Link para acesso
- Gaza: Chroniques d'un siège. Direção: Yolande
Zauberman. França, 2025. 120 min.
- Nosso Corpo, Nossa Luta:
Mulheres e Violência na América Latina. Direção: Petra Costa. Brasil, 2024. 95 min.
- Invisible Wars: Documenting Forgotten
Conflicts. Produção: Al Jazeera. Qatar,
2024. Série em 6 episódios. Link para acesso
- The Empathy Gap: Human Rights in the Age of
Tribalism. Produção: PBS Frontline.
EUA, 2024. 85 min. Link para acesso